Hoje visitaremos uma casa de campo localizada no meio da serra em Tulum , no México. Conta com todas as comodidades de uma casa no centro da cidade, mas com uma grande diferença, num cenário de selva e uma arquitectura que combina o estilo colonial da península do sudeste do México, com o estilo das ruínas Maias na região e alguns toque de arquitectura contemporânea.
A casa de 216 m2 está rodeada por um jardim de 300 m2, tudo isto numa área total de 2 hectares. Ao seu redor, as árvores atingem uma altura de 17 metros o que torna este jardim em algo absurdamente incrível. O processo de construção e de manutenção também o foi: a construção usou apenas 5% do terreno e foi aplicada o processo de energia solar para 100% das necessidades da habitação.
A água da chuva é aproveitada e tratada para o beneficio do próprio terreno e para regas em alturas sem chuva. Os materiais de construção utilizados são precisamente as pedras e a madeira da região, juntamente com blocos de cimento resistentes à humidade. O projecto foi realizado pelos construtores IURO. A ideia foi criar um espaço rodeado pela natureza, inspirando um diálogo permanente entre interior e exterior, criando a sua própria história a cada dia. Pronto para conhecer?
Imagine uma tarde ao caminhar neste passadiço de madeira, com um últimos raios de sol entre a vegetação e o som das cigarras a acompanhá-lo em direcção a casa. Não será uma visita guiada a uma casa na cidade, mas sim a uma casa maravilha no campo.
Esta imagem mostra a fachada principal da casa Itmon. Como podemos ver, o seu design é baseado na arquitectura colonial da região: brancas e grossas paredes, janelas de madeira, algumas estruturas em pedra, grades rectas e um grande jardim na parte da frente, antes de se entrar na zona sagrada da casa. Certamente uma recepção misteriosa e encantadora.
Seguindo o design dos exteriores, também os interiores se mantêm em diálogo directo entre os espaços de estar de dentro e os de fora, desfrutando-se da mesma actividade.
O ar fresco foge para os cantos, a conversa estende-se até as sombras escondidas entre as árvores, a luz atravessa de um lado ao outro, as aparecem e complementam-se. O interior da sala é simples: as cores claras fazem destacar a madeira sobre um pavimento em cimento polido com acabamento desbotado. O mobiliário é rústico e os toques de cor apresentam-se de forma pitoresca entre rachas e imperfeições da madeira. Um lugar intimo, perfeito para a convivência quente entre os habitantes da mesma.
A cozinha é um espaço sumamente simples mas não menos acolhedor. A paleta de cores é mantida com tons claros, o piso de cimento polido e o mobiliário em madeira é mantido. O acabamento destes é mais elegante e detalhado e a luz aparece projectada sobre as superfícies e o verde da natureza exterior espreita pela janela.
A fachada posterior da casa parece-se mais com as ruínas Maias que ainda se encontram presentes aqui e ali por esta região. Os planos rectos em pedra com grandes vãos para ligar os espaços, todos eles cobertos com uma imensa vegetação e pequenos e misteriosos caminhos em torno do terreno, fazem deste espaço um misterioso lugar de lazer.
Nesta imagem podemos ver a fusão de ambientes entre o jardim e a zona de refeições, na qual consiste uma larga mesa de madeira com bancos corridos em vez de cadeiras, criando uma sensação de férias permanentes – uma verdadeira casa de campo!
O quarto não é menos acolhedor do que as anteriores divisões, nem pensar! Este quarto é uma divisão ampla e luminosa, graças à enorme janela de vidro que faz ligação directa com o jardim e a sua pequena varanda – indicada para um chá em noites de insónias.
Entre tanta rusticidade, entre pedras e madeiras cruas, o quarto deslumbra com o seu brilho e elegância, onde a modernidade dos vãos de janela consegue criar um ambiente especial no interior, não só no quarto, mas em toda as divisões.
Sem lugar para dúvidas, a riqueza arquitectónica desta casa é de grande valor estético e construtivo, graças à criatividade dos desenhadores e construtores em causa. A casa Itmon é uma amostra boa do que é possível fazer-se a partir de restos e presenças quase significativas de antigas construções.